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É preciso investir em pessoas, o coração dos negócios

Publicado em 16/08/2019

O uso de aplicativos de transporte não traz ameaças ao futuro dos negócios das concessionárias de veículos. São poucas as pessoas que desejam abrir mão da liberdade de ir e vir, de ter o seu próprio carro. Foi com essa abordagem que Charlie Gilchrist, presidente da NADA (National Automobile Dealers Association), abriu o workshop "Evolução do Negócio de Concessionária de Veículos", no 29º Congresso da Fenabrave, que aconteceu nos dias 06 e 07 de agosto na capital paulista.

Bem otimista, o cenário foi traçado com base numa pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre o futuro do transporte, da qual participaram 1.200 pessoas das cidades de Boston e Los Angeles. Pelos resultados apresentados por Gilchrist durante a palestra, apenas 18% dos entrevistados afirmaram ser a favor de renunciar de seus veículos.

"Para os consumidores, a sensação de liberdade é a maior vantagem proporcionada pelo carro próprio. Além disso, é mais caro manter os serviços uberizados do que ser dono do próprio veículo", comparou. Nos Estados Unidos, informou, foram comercializados 17,3 milhões de veículos em 2018.

Foco no capital humano

Para o presidente da NADA, as concessionárias não devem se preocupar com as teorias, sem fundamento, de que as alterações profundas nas formas de transporte vão impactar de forma negativa os negócios, mas focarem na velocidade das mudanças tecnológicas e necessidade de capacitarem seus colaboradores para o futuro. "As empresas sempre estarão prontas para vender os produtos que as marcas produzirem. Mas é preciso investir nas pessoas, que são o coração do negócio", defendeu.

Com o advento de tecnologias empregadas na produção de carros elétricos, por exemplo, cuja penetração no mercado norte-americano ainda é lenta (há 1.600 estações de recarga), as concessionárias precisam contar com funcionários treinados e capacitados para repassarem aos clientes informações sobre o novo produto. "O futuro depende da nossa capacidade de recrutar, treinar e reter as melhores pessoas", disse.

Nos Estados Unidos, uma questão que preocupa o setor é a falta de bons mecânicos nas concessionárias. Até 2026, o mercado vai precisar de mais de 76 mil técnicos de serviços por ano, mas apenas cerca de 37 mil estão se formando anualmente.

Estratégia de pessoas

 A necessidade urgente de investir em treinamento e desenvolvimento das pessoas dentro das organizações, independentemente do tamanho, também foi abordada com ênfase no segundo e último dia do evento, durante o workshop "Criando Uma Nova Geração de Talentos nas Concessionárias", conduzido por Candice Crane, consultora da Crane Automotive Resources.

A especialista destacou que a sustentabilidade dos negócios não está atrelada apenas à forma como a empresa atrai seus consumidores. É necessário replicar esse poder de atração aos colaboradores. "É preciso fazer com que o cliente sinta a melhor experiência de compra. Quanto aos funcionários, eles devem sentir que estão no melhor local para trabalhar, pois contam um justo plano de remuneração", resumiu.

Para obter bons resultados na fase de recrutamento de pessoas - processo apontado como um dos grandes desafios do setor -, Candice Crane explicou que é preciso traçar um plano, classificado por ela como estratégia de pessoas, que inclui desde a definição da proposta de valor da organização e repasse dessas informações aos candidatos até a elaboração de um plano de remuneração que seja justo e atrativo.

Jornada do consumidor

A consultora chamou a atenção para a importância de conhecer e entender a jornada do consumidor até a decisão da compra. Esse processo envolve o aplicativo no celular, segue pelo computador e, como regra geral, termina na loja física. "Em 80% dos casos, atualmente, essa jornada tem início no online".   

Pelas estatísticas apresentadas na palestra, cerca de 95% dos clientes com intenção de compra visitam pessoalmente as concessionárias, que precisam investir nas pessoas certas para atenderem esses consumidores e proporcionarem uma boa experiência. "Uma das principais habilidades que a equipe de vendas deve ter é conhecer em que ponto da jornada está o consumidor", concluiu.

Com o tema "Juntos, Movendo o Brasil", o congresso contou com a participação de mais de 3,5 mil pessoas, entre palestrantes nacionais e internacionais, expositores, titulares de concessionárias, profissionais das áreas de Recursos Humanos e Vendas.

É preciso investir em pessoas, o coração dos negócios

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Fonte: Sincodiv/Fenabrave-SP

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