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Concessionárias se juntam em São Paulo para decidir seu futuro até 2024

Publicado em 14/01/2022

Encontro com associações das marcas estabelecerá planos e metas para o triênio e deverá considerar vendas diretas e falta de veículos

O futuro do setor de distribuição de veículos, pelo menos do que diz respeito às metas a serem perseguidas pela gestão de José Maurício Andreta Júnior, novo presidente da Fenabrave, será decidido em reunião marcada para a quarta-feira, 19, com os representantes das associações de marcas que mantém operação comercial no País, cerca de 50 no total.

Será neste encontro, realizado no auditório principal da sede da federação que representa os distribuidores de veículos, em São Paulo (SP), que os concessionários apresentarão à entidade que os representa as demandas e desafios que acreditam ser prioridade na lista de pautas do setor para o próximo triênio. “Vamos aguardar os apontamentos de cada uma antes de agir. De qualquer forma, o setor precisa ser mais eficiente”, disse Andreta na quinta-feira, 13.

Entidade ganha gestão "mais profissional", com metas claras

Ainda que o presidente tenha decidido aguardar pelas demandas de cada grupo concessionário, deverão figurar no universo de pleitos das associações assuntos que envolvam vendas diretas, modernização dos pontos de venda, oferta de serviços de mobilidade e, principalmente, disponibilidade de veículos para venda em contexto de escassez, temas que ganharam forças nos últimos anos no setor.

De acordo com Andreta Júnior, a medida de unir sob o mesmo teto as associações de marca em torno de temas comuns é praxe na entidade, com a diferença de que, agora, a iniciativa está sendo conduzido por uma estrutura diretiva mais enxuta na comparação com as anteriores. Isso porque houve mudança no estatuto da Fenabrave em dezembro, a qual viabilizou à entidade, dentre outras coisas, reduzir o número de representantes.

O redesenho da estrutura levou o novo presidente a compor uma equipe, segundo suas palavras, mais profissional. A afirmação diz mais respeito às formações dos integrantes do que a um eventual comparativo às antigas gestões que antecederam a atual. Nesse sentido, o que se espera é que a Fenabrave conduza os seus trabalhos associativos de acordo com a liturgia corporativa, munida de metas e dados de desempenho.

Reunião vai gerar rota para o futuro

Na quarta-feira da semana que vem, após a reunião, será construído um planejamento em torno das demandas apontadas pelas associações. “Será designado um grupo de trabalho para cuidar das atividades que envolvam cada tema apresentado, este foi o compromisso que assumimos com as associações que elegeram a nossa equipe”, disse o presidente à reportagem.

O setor de distribuição de veículos vem sofrendo forte pressão por mudança nos últimos anos. Ganharam força as vendas diretas de automóveis, fato que levou as concessionárias a pedirem mais isonomia nas reações com as montadoras. A pandemia, por sua vez, acelerou o processo de digitalização das vendas dado o fechamento das lojas em determinado período em 2020.

“As concessionárias terão de ser mais eficientes do que são hoje, isso está claro. Teremos todos de nos adaptar às novas tecnologias e às estruturas de negócios que passam por transformação”, contou o representante da Fenabrave.

Afora as questões que envolvem a operação de venda de veículos, há em curso, segundo Andreta Junior, uma outra transformação importante no universo das concessionárias. De 2020 para cá se intensificou a consolidação do setor, ou seja, a concentração de um número maior de pontos de vendas nas mãos de um conjunto cada vez mais reduzido de grupos concessionários.

“Quando existe um grupo menor de concessionárias unidas, o custo operacional cai e aumenta-se a eficiência da operação. As empresas entenderam isso e, nos últimos anos, houve um movimento forte de aquisições que resulta, hoje, em um contingente menor de grupos econômicos no controle da distribuição de veículos”, afirmou Andreta Júnior.

Segmento está pronto para transformação

Na opinião do dirigente o setor atualmente se encontra com saúde financeira suficiente para custear toda a transformação pela qual deverá passar de forma mais intensa nos próximos meses. “Recebo uma Fenabrave unida e pavimentada. A gestão anterior entregou a casa em ordem. Não temos dados acerca das finanças das concessionárias, mas acredito que todas estão dispostas aceitar a transformação”.

A entidade projeta para este ano crescimento de cerca de 5% das vendas sobre o resultado de 2021, uma estimativa, explica o presidente: “O mercado demanda isso diante de todos os indicadores que avaliamos, como safra agrícola, renovação de frota, programas federais. Por outro lado, existem fatores que podem se mostrar como entraves, como falta de componentes e veículos no varejo. Será um ano muito desafiador nesse sentido”.

A nova gestão da Fenabrave terá mandato até 2024, e apenas até 2024. “Não vai ter reeleição. Temos três anos para ajudar o setor a se modernizar”, concluiu o presidente da entidade.
Concessionárias se juntam em São Paulo para decidir seu futuro até 2024

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Fonte: Automotive Business

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